GRUPO

NOSSA MISSÃO

Acreditamos na potência do narrar. Acreditamos que a narrativa oferece elementos para explorar as possibilidades da existência humana. As histórias da tradição oral e os conflitos que elas apresentam tratam de temas fundamentais da experiência humana: o amor, a curiosidade, a dor, a transformação, o poder…

Escolhemos contar histórias coletadas no Brasil e em outros países, histórias mais recentes ou antigas, que permitem conhecer - ou estranhar - as perguntas com as quais as personagens se deparam e os desenlaces que irão buscar. Queremos promover um reconhecimento dos saberes tradicionais a partir das histórias, permitindo a reflexão, a curiosidade, o pertencimento.

Acreditamos na incompletude. Na grande indústria cultural para a infância, a criança é submetida a um papel passivo. Não cria imagens porque elas estão dadas de antemão; é conduzida a sentir medo ou êxtase, sem sequer se dar conta disso, por meio de uma trilha sonora grandiloquente e incisiva; absorve conteúdos a partir de tramas que reproduzem valores culturais com frequência problemáticos e mobilizados para fins consumistas.

Queremos outro tipo de arte, que estimule a agência do público, na qual as crianças completem a história com sua própria imaginação. Que nossos gestos e sons sugiram imagens, e que as crianças se perguntem, ao fim de um conto, qual o sentido de um desfecho incomum. Que possam observar, com a distância que escolherem, as dores e prazeres vividas pelas personagens - e que em alguma medida desvelem e ampliem suas próprias vivências.

Acreditamos no fazer coletivo. Acreditamos que a obra de arte se desenvolve a partir da nascente do saber coletivo - a cultura do povo, a tradição oral, a música popular… Nessa nascente a arte se banha, e a ela retorna, e queremos que nossa pesquisa contribua na ampliação de seu alcance e sentido.

Como núcleo de pesquisa, trabalhamos coletivamente na escolha do repertório de histórias, no pensamento cênico, dramatúrgico e musical, buscando alinhavar reflexões e experiências. E sabemos que nosso ofício só se completa quando a narrativa ganha vôo nos corações e mentes das crianças.